sexta-feira, novembro 05, 2004

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE MÍNIMAS NORMAS DE CONVIVÊNCIA EM GRUPO

Estruturar-se para aceitar com naturalidade a contestação e a discordância às suas posturas, opiniões e convicções.

Entender que quem usa a palavra é, naquele momento, a pessoa mais importante do grupo, merecendo, portanto, toda o respeito e a atenção.

Ser pródigo nos pertinentes elogios: todo ser necessita ser validado no dia a dia. Aquele que sabe elogiar e reconhecer o mérito de alguém torna-se muito mais credenciado para elaborar construtivas críticas.

Concentrar-se nas suas ações, deixando "de mão" os deslizes e transgressões, de terceiros, que não lhe dizem respeito, lembrando-se sempre de que, em muitos contextos, a reação alheia é problema alheio.

Controlar a autodispersão quando se necessita de energia concentrada e se espera sinergia na análise e resolução de problemas comuns.

Não atrapalhar quem está ao seu lado, fazendo brincadeiras bobas, pequenas fofocas e levianas inferências que, com certeza, em nada ajudam na compreensão do que está sendo discutido.

Ser gentil e generoso quando da formulação de críticas: nada de comentários furtivos, maledicências vazias, prejulgamentos preconceituosos.

Nos rompimentos e desentendimentos, nada de agressões fortuitas, de rancores exacerbados, de ódios gratuitos: de preferência, nas relações, nunca corte o que puder desatar.

Não ficar neutro nas discussões de trabalho e em questões que seria importante um posicionamento seu. Assumir suas posições: é uma forma saudável de fortalecer suas convicções, de se dignar a rever suas posturas porventura equivocadas ou improcedentes e de contribuir sobremaneira para o crescimento dos demais.

Compartilhar seus conhecimentos, dons e habilidades com a turma, incentivando o despertar de novos talentos e novas lideranças.

Difundir no grupo os bons textos, as boas fontes, com interessantes posicionamentos e promissoras tendências, sejam eles sites, livros, artigos, poesias, periódicos.

Reservar à ética um espaço cada vez maior em todas as formas de relacionamento.

Não prejulgar de forma negativa, depreciativa, incriminatória, antes que tenha um mínimo de evidências. Ao ser atingido ou prejudicado em algum acontecimento, dê à pessoa envolvida a chance do esclarecimento.

Fazer uso das suas competências para tornar o ambiente comum cada vez mais rico, solidário e profícuo, em termos de idéias, pensamentos e ações.

Lembrar-se sempre e colocar em prática do preceito confortador: "Se sofres injustiça, consola-te: a verdadeira desgraça é cometê-las".

Cuidar do seu crescimento interior (espiritual, intelectual, psíquico, emocional), numa contínua busca da auto-depuração.

Saber dosar o limite de insistência, em termos de tentativa de persuasão de alguém: "Você pode levar um cavalo às margens do rio, mas não consegue obrigá-lo a beber água".

Ser humilde, sem ser servil; ser simples, sem ser simplório; ser reflexivo, sem ser lacônico; ser conciso, sem ser incompleto.

Crer mais amiúde nas pessoas e nas suas boas intenções, principalmente as mais próximas e que desfrutam da sua intimidade.

Agradecer sempre as experiências vivenciadas, tanto as que trouxeram felizes desdobramentos, como aquelas que apresentaram frustrantes resultados: são apenas necessárias etapas de seu natural processo de maturação.

L.A.C.